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educativo.

Em 2019, ano em pauta de saúde mental se faz ainda mais presente na programação, será elaborado um núcleo educativo para receber exclusivamente os usuários e as usuárias dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da região da Bacia do Juquery.

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A coordenação é da artista Flavia Mielnik e conta com os educadores Camila Tarifa, Clarice Catunda, Edmar Almeida, Fabio Dascher, Juliana Bucaretch,  Mari Moura e Talita Guerra. 

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Educativo Soy Loco Por Ti Juquery 

 

"Modos de existir e se vestir" e "Lares: cenários que nunca ficam prontos" são dois espaços criados pelo núcleo educativo da segunda edição do festival Soy Loco Por Ti Juquery voltados para construção de uma dramaturgia coletiva, composta por pequenas cenas de um grande ato. Em nosso palco tudo cabe.

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Se a vida é um eterno ensaio, então, temos personagens, cenários, climas e roteiro. O antigo Complexo Hospitalar do Juquery é cena que ressoa. Ali viveram e ainda vivem pessoas que, por inventarem seus próprios textos, foram retiradas do palco principal. Onde residirá a autonomia, a liberdade e o respeito pelas diferenças quando a construção do personagem e do cenário que se deseja não condiz com o roteiro proposto? Quem escreve o roteiro?  

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Por meio de um exercício criativo, cujo fio condutor é unir pessoas a lugares, indivíduos a coletivos e ficções à realidades, convidamos o público a adentrar nossas salas. Acreditamos que cada indivíduo tem o poder de decisão para se envolver com um aspecto da atividade e, para nós, todos eles são válidos: confeccionar sua própria fantasia, ajudar na construção da fantasia do outro, descobrir e manusear os materiais, picar jornal, pintar uma superfície, juntar retalhos de tecido, desenhar, tirar uma fotografia, propor uma cena, contar uma história, cantar uma música, escrever uma palavra, observar e ficar em silêncio. Todos os gestos são inscrições de mundos.  

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Durante a semana que precede o festival, as atividades do educativo serão voltadas aos usuários e profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da região e aos moradores do Complexo Hospitalar do Juquery. No fim de semana, as salas abrem para receber o público do festival. Desta maneira, os espaços tornam-se registro e testemunho vivo, que poderão contar, como uma narrativa aberta, não linear, desprovida de um roteiro e de um final previsto, a eterna conciliação com os personagens que levamos dentro do corpo e a fundação dos cenários que passamos uma vida por construir.

 

Flavia Mielnik

 

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